sexta-feira, 25 de novembro de 2016

NOVOCINE 2016


Como cinéfilo de carteirinha, você tem um blog em que posta críticas cinematográficas sobre os filmes que habitualmente vê. Assim, elabore um texto comentando a sua experiência no NOVOCINE 2016 e incentive (ou não) os seus leitores a participarem do próximo evento.

14 comentários:

  1. Caros leitores,
    Como cinéfilo de carteirinha e, portanto, doido varrido por festivais de cinema, não poderia deixar de lhes falar hoje do NOVOCINE 2016, que terminou na quinta-feira passada.
    Infelizmente, não consegui assistir a todos os filmes que pretendia a princípio e fiquei com água na boca por alguns títulos, mas espero que vocês possam me ajudar a conhecê-los em breve.
    O filme que lhes comentarei é “Um homem só”, da diretora Cláudia Jouvin, cujos atores principais são Vladmir Brichta, Mariana Ximenez, Otávio Muler e Ingrid Guimarães. Trata-se de uma comédia em que um homem casado (Vladmir), extremamente frustrado com a sua vida pessoal, resolve fazer uma cópia de si mesmo (que assumiria a sua vida real) para poder ter uma vida nova ao lado de outra mulher (Mariana), que trabalha num cemitério de animais. O fato é que estando no aparelho “copiador” de seres humanos, Arnaldo decide parar a experiência na metade do processo e acaba sendo perseguido durante todo o filme pelos funcionários da clínica, que tentam matá-lo de qualquer jeito. Aliás, uma das condições para que se fizesse a “cópia” era que o “original” desaparecesse, a fim de que não houvesse dupla identidade e conflito de interesses entre ambos. Porém, ao ser perseguido pelos empregados da clínica, descobre que ele mesmo já era uma “cópia” e que tinha tentado fazer uma cópia de si mesmo para assumir a vida do “Arnaldo original”. Enfim, o “original” tem que voltar para casa, para que possa assumir a própria vida, enquanto a “cópia” é buscada pelo pessoal da clínica, que acaba matando um dos dois.
    O filme tem muitos momentos divertidos (dei muita risada) e o argumento, embora seja um pouco surreal, porém, não impossível ;-), é bem sustentado durante toda a trama. O desfecho não ficou muito claro para várias pessoas da plateia, já que muitos espectadores saíram da sessão com a pulga atrás da orelha sobre “quem” realmente tinha tido o triste final. De todos os modos, acho que a vida do Arnaldo (original ou cópia) devia ser uma verdadeira tortura para que ambos estivessem desesperados para fugir dela.
    Enfim, há uma cena que me chamou muito a atenção pela sua carga humanista: o momento em que a cópia (muito mais corajoso e “humano”) abraça o original (muito mais egoísta e covarde), para que o pessoal da clínica não possa matá-los, já que somente um dos dois poderia morrer, não importando “qual”. Fiquei dando voltas e voltas na cabeça sobre essa imagem... me tocou fundo!
    Bom, pessoal, por hoje é só e espero que vocês tenham gostado de mais um dia cinéfilo comigo.
    Até a próxima!
    Luís (Prof. Mila)

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    1. Obrigada Luis por compartilhar a sinopse e sua opinião do filme "um homem so". Achei bem interessante.
      Embora eu não assití o filme, pelos seus comentarios, acho o roteiro muito parecido ao filme dos EUA "The Island". Nesse caso, os clones serviriám como recipentes dos orgãos corporáis defetuosos que os humanos origináis puderam precisar por doenças, enquanto eles eram mantidos vivos com a ilução de ganharem uma viagem à uma ilha maravilhosa, que era o momento da operação e sua morte, coisa que eles não podíam imaginar. No final, o filme chega a mesma conclusão: as copias viram mais humanas que o original... Muito doido!
      Escrava Conceição (quintas às 20h)

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    2. Eu ainda não vi o filme que você mencionou (The Island), mas também encontrei outras semelhanças entre "Para minha amada morta" e um filme americano com Liam Neeson e Antonio Banderas (The other man). Para mim, a versão brasileira não passa de um plágio... Fazer o quê, não é?
      Luís

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  2. Luis cinéfilo!

    Simplesmente A-DO-REI o seu comentário sobre o filme "Um homem só". Eu não vi, mas você me deixou morrendo de vontade de ver!!! Para usar as suas palavras... me tocou fundo! Aliás, usaria muito mais palavras suas porque você escreve muito bem! Parabéns!
    Beijão(não sei agora se do meu eu original ou da cópia...)!
    Glaucia

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    1. Oi, Glaucia,
      Escrever bem não é nada fácil: 2 horas e 47 minutos "sudando la gota gorda" para obter o resultado que você leu. Além de ter a apostila aberta, várias consultas ao dicionário, ao conjugador de verbos e até ao prof. Google kkkkkkkkkk Vida de aluno de português não é fácil!
      Luís

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  3. Eu só pude ver o filme "JONAS" no último dia de programação do Novocinema. Achei o roteiro, baseado na história bíblica "Jonas e a baleia" e localiçado no bairro de Vila Madalena em São Paulo, muito convincente. Aquilo que mas gostei foi a idea de criação do filme da Diretora, Lô Politi. Eu pensava que a fonte de inspiração foi a própria história blíblica, tirando da personagem rebelde do ator principal Jonas (Jesuita Barbosa), e que ela fiz adaptação para os personagens contemporarios de Vila Madalena, mas no bate-papo após o filme, a perguntamos e nos revelou que a ideia surgiú do lugar onde os carros alegóricos das Escolas de Samba eram almacenados, do lado da estrada pela que ela dirigia da Vila Madalena à praia. Esse contraste da paisagem foi sua inspiração.
    Final de sentencia bíblica, embora rápido, e eu não achava necessario queimar a baleia, eram bem linda, mas... Sei lá!
    Escrava Conceição.

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  4. Por enquanto não tenho duas horas e quarenta e sete minutos para escrever... :) Gastei tudo em ver os filmes. Vai lá uma dica só:

    Nise, o coração da loucura: para mim, o melhor. É uma história dura mas linda e está muito bem interpretado.

    Jonas: original no desenvolvimento e bem feito apesar da temática muito comum: mistura de classes sociais, raças, adolescência, violência...

    Para minha amada morta: o filme trata disso, a sua amada está morta. Então, é meio autodestrutivo; não é "happy ending". Mas é diferente e vale a pena.

    Chatô, o rei do Brasil: loucura total, visual e formal. Preciso ver mais uma vez para saber se gostei (e se entendí...)

    Um homen só: meio louco mas divertido, entretém.

    Irmã Dulce: grande personagem e grande história real, mas não me fez sentir quase nada. É uma produção de qualidade, mas muito plano curto para fazer brotar lágrimas, e pouca força dramática.


    Maroto, fã de Vontade de pipoca.

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  5. Apreender um novo idioma vai muito para lá de dominar a língua, mesmo que seja um erro comum. Porém, este processo requer o conhecimento da cultura num sentido amplo, incluindo as expressões artísticas, onde tem cabimento o nosso amado mundo cinematográfico.

    Quanto a isto, felizmente, Madri é uma das cidades em que é possível encontrarmos de tudo, como a mostra de cinema brasileiro Novocine, que este ano tem celebrado a sua décima edição. Filmes para todos os gostos: suspense, comédia, biografia... sempre em versão original com legendas em espanhol.

    Deste ano recomendaria “O Vendedor de Passados”, uma obra entretida demais, pois trata de um cara que cria passados para aqueles que desejarem mudar algo da sua própria história. Enquanto o filme debater a moralidade de quem mentir, propõe também uma reflexão sobre a inocência das pessoas que amiúde acreditam em tudo.

    Convém destacar que Novocine é uma iniciativa da Embaixada do Brasil em Madri e da Fundação Cultural Hispano-Brasileira para difundirem os filmes brasileiros e, por conseguinte, para atingirem fãs na Espanha. Além do mais, por causa disto os ingressos são de graça e ilimitados, podendo assistir a tantos filmes como você quiser.

    Na verdade, tudo são vantagens para marcar este encontro. Portanto, lembre que no próximo mês de novembro Novocine voltará durante uma semana à Sala Berlanga, em Madri, para projetar as últimas novidades cinematográficas do Brasil. Não perca esta oportunidade de pôr em prática a língua portuguesa e, aliás, conhecer melhor a cultura brasileira.

    Beatriz (Prof. Milla)

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  6. Oi pessoal!

    O passado mês de novembro, assisti a X edição do Novocine em Madri. O Novocine é uma mostra anual de cinema brasileiro para todos os amantes da sétima arte e da cultura do Brasil.

    O mais interessante do festival é a grande variedade temática dos filmes apresentados com roteiros que vão desde a comedia ao drama, passando pela biografia, o thriller ou as propostas mais originais de novos diretores. A maioria dos filmes tem sido exibidos em festivais internacionais com o reconhecimento da crítica cinematográfica e do público em geral. Consequentemente, a qualidade das fitas é ótima e quem assistir não se sentirá defraudado, pelo contrario, ficará com muita vontade de voltar novamente.

    A minha primeira escolha foi uma biografia do carismático e polêmico, Assis Chateaubriand, Chatô, criador dum império de rádios, TV e revistas no Brasil dos anos 50. O filme, "Chato, o Rei do Brasil", aborda a vida do magnate sob o ângulo do humor, além de mostrar uma forte crítica da sociedade da época, destacando a manipulação escancarada da imprensa e sua importância dentro do poder, como se reflete na relação entre Chattebriand e o futuro ditador Getulio Vargas. Talvez o mais interessante seja o tratamento da história, uma farsa em forma de julgamento num cenário de show, onde se misturam multidões de tramas que às vezes, na minha opinião, dificultam a compreensão geral do filme. Mesmo assim, vale a pena assistir.

    Normalmente, não gosto muito de thriller, mais depois de assistir ao filme "A minha amada morta", me declaro fá deste gênero cinematográfico. A minha amada morta é um melodrama de um viúvo inconsolável pela morte da esposa, que descobre numa fita de vídeo a infidelidade da mulher, desatando nele um obsessivo e inquietante desejo de vingança. O roteiro coloca todos os símbolos clássicos de um filme de suspense, enquanto nega a violência iminente neste tipo de fitas. Tudo é revelado abertamente e nada na história indica em momento nenhum que a vingança vai se consumar na prática: nem pelo roteiro, nem pela atuação do protagonista principal. E uma tensão esperada mais sem explodir ¿Ou será que si? Nessa revelação do final a través duma simples fotografia. Com certeza, quem não gostar dos tópicos, disfrutará desta nova releitura do thriller clássico.

    E finalmente, si eu tiver que recomendar um filme, este seria O "Vendedor de passados". Poderia se dizer que é o filme é uma mistura entre o drama, o romance, o suspense e a comedia. Baseada no livro do escritor angolano, Vicente (Lázaro Ramos), o roteiro apresenta um curioso profissional que trabalha em sua casa inventando passados com a ajuda de fotografias antigas e programas de edição de imagens. O desenvolvimento da historia, original e insólita, invita a refletir das consequências de uma atividade tão particular enquanto fantasia sob a ideia do passado e o que as pessoas podem fazer com este. A fotografia, música e cenários (interiores e exteriores) põem o “grande final” ao filme. Uma autentica joia!

    Tomará que estes breves comentários despertem o desejo de todos vocês de assistirem ao festival e conhecer um pouco mais da criatividade do cinema brasileiro atual.
    Dolores (Prof. Milla)



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  7. Professora: Milla

    Mais umta vez recebemos o convite da Casa do Brasil para participarmos na mostra de cinema Brasileiro “Novocine”.

    O folheto deste ano já foi entregue na sala de aula às diferentes turmas! A curiosidade me leva a dar logo uma olhadinha, para investigar quais são os filmes propostos e para começar a resolver quais serão aqueles que eu verei no cinema.

    Adoro este evento porque não só se trata de ver uma seleção dos filmes em destaque da produção do último ano. Também é uma ótima oportunidade para ter com aquelas pessoas com alguma ligação ao Brasil ou à língua portuguesa.

    Assim que eu chego ao pé do cinema, encontro alguma professora da CdB, antigos colegas de outras turmas,.... no geral há muitas pessoas a falarem português, quer com sotaque brasileiro quer com sotaque de português europeu.

    O que eu sempre quero, é achar a sala lotada, ter mesmo dificuldades para arranjar um lugar....pois isso significa que a mostra continua a ter sucesso y talvez isso garanta a sua sobrevivência nos anos a seguir neste difícil período de cortes de despesas, poupanças e de abandono do não imprescindível.

    Este ano gostei especialmente do filme “O Vendedor de passados” baseado no romance do mesmo nome do escritor José Eduardo Agalusa.

    Trata-se de um filme que conta uma história muito original, a de um cara cuja profissão é construir passados àquelas pessoas que não gostam ou não aceitam o que tem acontecido na sua vida, que têm vontade de apagar a sua história e de troca-la por outra diferente que nāo as constringia no seu presente e no seu futuro.

    O vendedor de passados é muito certinho, tem tudo sob controlo, tem um procedimento muito bem definido de interação com os seus clientes, o seu próprio jeito de fazer as coisas, que o levou a ter sido sempre bem sucedido no seu arriscado trabalho. Até um dia em que aparece uma bela mulher na sua oficina de construção de passados com uma encomenda diferente.

    Aquela misteriosa mulher quer que lhe seja construído um passado sem o vendedor ter qualquer informação dela. Complicado desafio!

    Quem brincava com a vida dos outros, começa a escorregar, a ser alvo dos jogos da nova cliente sem ele perceber o que está a acontecer. A situação deu uma grande reviravolta! de utilizar aos outros se passou a ser utilizado, não conto mais......

    Filme com ritmo trepidante, personagens bem construídos, atores convincentes, fotografia e decoração extremamente cuidadas,.....sem qualquer dúvida uns dos melhores filmes que se viram no "Novocine"

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  8. Caros leitores,
    Como vocês já sabem a semana passada foi um dos eventos cinematográficos brasileiros mais importantes em Madrid, Novocine.
    Eu assisti dois filmes mas vou falar do primeiro que eu assisti, O Vendedor de Passados. Olha, que filme tão legal! Com certeza posso dizer que fiquei impressionada com ele. Desde o primeiro momento que eu me sentei na poltrona até que o filme terminou eu estive sem pestanejar. O filme dirigido por Lula Buarque de Hollanda começa com um homem que tem um trabalho muito diferente ao um outro qualquer. Vicente é o nome dele, e ajuda a outras pessoas para eles ter uma vida nova, ter a oportunidade de começar de zero. Falando nisso, ele ajuda no primeiro lugar, a um cliente que ele é muito peculiar. Ele está a procura duma enamorada e para isso tem que fingir que ele se casou e se divorciou. Mas a ação do filme começa quando uma cliente muito linda chega a sua vida para muda-la completamente. Em tudo momento o passado da mulher é uma incógnita que tem o espectador maluco de maquinação. O Vicente mostra para ela um passado digno dos romances de ciência ficção baseando-se nos acontecimentos históricos da ditadura argentina e ela finalmente obtém muito benefício do passado que ele inventou para ela. As situações que acontecem ao Vicente por causa dela são estressantes e a tensão sexual entre eles fica até ao final. Na minha opinião, o toque final do filme é quando o espectador recebe um final que finalmente não acontece. Além disso, a própria história pessoal de Vicente está muito relacionada com o seu trabalho. Ele ficou imaginando passados dos clientes e do resto das pessoas porque ele nunca teve um.
    Para mim, este filme despertou a vontade de assistir mais filmes brasileiros por causa da expectação produzida e também porque o patrão de filme é muito original e dinâmico. Recomendo para vocês assistirem quando puder.(Alexandra, Profesora Milla.)

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  9. Eu fiquei de coração cheio ao conhecer, graças ao Novocine deste ano, a grandeza dessas duas figuras brasileiras extraordinárias que foram a médica psiquiatra Nise da Silveira, cuja obra é relatada em "Nise, o coração da loucura", e a freira Irmã Dulce, retratada no filme homônimo.

    Nise (Maceió 1905-Rio de Janeiro 1999), entre as primeiras mulheres a se formar em Medicina no Brasil, era contrária aos tratamentos agressivos como o eletrochoque ou a lobotomia. Na Revolta Comunista de 35, ela foi denunciada por uma infermeira pela posse de livros marxistas e foi à prisão por dezoito meses. Quando saiu dali, começou a trabalhar no Centro Nacional Pedro II, no Rio de Janeiro, onde foi pioneira na criação da terapia ocupacional. Aliás, ela substituiu os tratamentos violentos por ateliês de modelismo e pintura, a fim de os pacientes estabelecerem vínculos com a realidade através da criatividade, utilizando a arte como médio sensível de aproximação à cura da doença mental. As obras desses pacientes são hoje expostas no Museu Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro.

    A Irmã Dulce, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Ponte (Salvador da Bahia, 1914-1992), religiosa católica, "o anjo bom da Bahia", foi uma relevante ativista humanitária do século XX. De família abastada, seu amor incondicional para o próximo já desde a infância levou-a a dedicar a sua vida à ajuda aos mais necessitados. Ao longo da sua existência, ela não parou perante nenhum obstáculo, nem sequer os da própia instituição eclesiástica. Até consiguiu que no galinheiro do convento onde morava se construisse um hospital que atendesse os mais pobres, o Hospital Santo Antônio, ativo ainda hoje. Foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz e eleita "a religiosa do século XX".

    Pessoalmente, do ponto de vista cinematográfico nem fiquei muito entusiasmada, pois acho que as duas personagens mereciam um maior aprofundamento emocional que envolvesse o espectador. Adorei foi o roteiro do "Nise, o coração da loucura" e a interpretação de Glória Pires no papel da protagonista. Do "Irmã Dulce" apreciei a ótima fotografia.
    Na verdade, o que sim me emocionou assistindo à representação do percurso existencial dessas duas mulheres não comuns é a força incomensurável que elas tiveram para superarem qualquer adversidade que se apresentasse no caminho que só a fé pode dar, venha de onde vier. A confiança na luz interior, essa intuição certa que guia o indivíduo a lutar para além de tudo e de todos, sobretudo para além das limitações das própias instituições. A loucura do coração.

    Raffaella Bortolotto

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  10. Desta vez, Vontade de Pipoca não tive a oportunidade de assistir filme nenhum :( As pipocas ficaram longe, trabalhando numa outra cidade e perderam os filmes da X edição do Novocine.

    É bem bacana pensar que já chegamos a 10 anos!!! Cada ano, uma chance de se aproximar à cultura brasileira e assistir os mais diversos filmes da cinematografía brasileira. E o bate papo após o filme, quem ia perder!

    Desta vez, não pude "estudar" os detalhes das propostas cinematográficas desta edição, mas fiquei curiosa pelas boas críticas recebidas pelo filme Nise, tanto pela atuação de Gloria Pires como pela história da médica contrária aos tratamentos agressivos como o eletrochoque ou a lobotomia. As coisas mudaram,mas ainda temos muito que aprender sobre os tratamentos de determinados problemas psicológicos e sociais.

    Até a próxima edição!
    Bea - anjo da aula de Glaucia com cheiro a pipoca ;)

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