sábado, 23 de setembro de 2017

NOVOCINE


Como cinéfilo de carteirinha, você tem um blog em que posta críticas cinematográficas sobre os filmes que habitualmente vê. Assim, elabore um texto comentando a sua experiência no NOVOCINE 2017 e incentive (ou não) os seus leitores a participarem do próximo evento.

6 comentários:

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  2. Car@s leitores e amig@s cinéfil@s,

    Mais uma vez, estou aqui para lhes falar de minhas aventuras como amante do cinema brasileiro. Desta vez, vou lhes comentar um dos filmes a que assisti no NOVOCINE 2017 que mais me chamou a atenção por causa de meu total desconhecimento (santa ignorância!) quanto a sua protagonista, Elis Regina, que foi um dos grandes ícones da Música Popular Brasileira (MPB). É isso mesmo, estou falando do filme “Elis”, do diretor Hugo Prata, em cujo bate-papo não pude estar na Casa do Brasil e do qual teria adorado participar e saber algo mais dessa personagem tão ilustre, amada e admirada pelo povo brasileiro.

    Em primeiro lugar, nunca tinha ouvido nenhuma música dessa cantora brasileira e me senti tremendamente decepcionado com essa minha brutal “falha” musical. Sou fã de carteirinha do repertório brasileiro e fiquei bastante impressionado com a voz superpotente, límpida e rasgadora da protagonista, tal como sua própria vida projetada na telinha: valente, ousada, decidida, intermimente, por vezes arrogante...e cheia de altos e baixos. Adoraria assistir ao filme de novo, só para poder voltar a desfrutar de sua trilha sonora, surpreendente e encabulante. Confesso que minha sensibilidade musical não é tão aguçada a nível “profissional”, mas fiquei completamente embriagado, como também todo arrepiado, com a música introdutória (não sei como se chama) e a que foi interpretada no meio (só depois descobri que se chamava “Fascinação”), que é simplesmente F-A-S-C-I-N-A-N-T-E! De tirar o chapéu, a roupa e o escambau!

    Em segundo lugar, a história em si é interessante, mas não deixa de ser uma bonita homenagem através de uma breve biografia de uma personagem brasileira famosa. Tive que me ater aos fatos narrados para poder fazer uma ideia do que tinha sido a grande “Elis” e acho que a transição de seu percurso profissional-pessoal até seu declínio final foi muito "curta", pois, após tanto sucesso na maior parte do filme, “quase de repente”, a protagonista passa a se sentir frustrada e tem um final inesperado. Fiquei um pouco surpreso com a rapidez projetada de sua queda, porque, provavelmente, na vida real, deve ter sido muito mais lenta, difícil e complexa...não sei, são especulações minhas...

    Enfim, o que mais posso lhes dizer do filme? Que é inebriante pela qualidade do som, da música, de sua personagem e que adoraria vê-lo de novo. Vamos lá? Quem topa pegar um cineminha com “Elis”?

    Um bom feriadão a tod@s e aquele abraço cinéfilo, ouvindo minha música preferida do filme “Elis” - https://www.youtube.com/watch?v=QiIRQhGxi4E

    Luís (milla)

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    1. Puxa, Luis, que sorte a sua ter conseguido ver o filme da Elis, pois eu estive na estreia e em outro dia (não me lembro quando), mas não consegui entrar... é verdade que não cheguei com muito tempo de antelação, como nos tinha avisado a professora, mas não podia chegar 1 hora antes, pelo trabalho, e acabei ficando do lado de fora ☹ Por um lado, fiquei bastante frustrada com a perdida da oportunidade (dois vezes!) de ir ao cinema em pessoa para curtir dos filmes brasileiros, mas, por outro lado, fiquei mais aliviada em saber que era possível ver alguns dos filmes na internet, em casa, e assim aconteceu. Consegui ver o filme “La vinganza” e... não entendi quase nada! Nossa, que horror! Não estava legendado e parecia que eles estavam falando chino em vez de português! Claro que deu para entender do que se tratava, mas a não consegui entender nenhuma das piadas ou das gírias que eles usavam... além de que falavam rápido demais... Enfim, terminei o filme com um pouco de dor de cabeça, mas ligeiramente satisfeita por ter cumprido a minha tarefa! Agora, é só esperar o próximo Novocine e tentar chegar mais cedo para não passar por essa vergonha de novo. Até o próximo evento, pessoal!
      Carmen (milla)

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  3. Caros leitores,

    Este ano o Novocine foi de tirar o chapéu! Não pude ver todos os filmes que gostaria de ter visto, mas gostei muito dos quatro que tive a oportunidade de assistir: Elis, O filho eterno, O outro lado do paraíso e La vinganza.

    Para não me alongar muito, vou falar apenas de um deles, do que mais me tocou: O filho eterno. Se trata da história de um casal que está “grávido”, e a mulher dá à luz a um menino que nasce no dia da final da Copa do Mundo entre o Brasil e outro time (não lembro qual). O Brasil perdeu a final, e a família, na visão do pai, também saiu “perdendo” nesse dia, pois a criança (um menino) nasceu com Síndrome de Down.

    Essa notícia abalou de forma profunda a existência do casal como matrimônio e da própria família. Por um lado, mãe era puro amor e dedicação ao filho, conciliando trabalho e maternidade como podia. Por outro lado, o pai era um safado (mulherengo) que representava a negação total da “anomalia” do filho, lhe sendo totalmente indiferente e chegando a desejar que a criança morresse o quanto antes para poder se livrar de tal fatalidade.

    Basicamente, o filme é o relato da luta constante do pai para aceitar a realidade de uma doença que não tem cura e com a qual terá que conviver para o resto da vida. O tema é doloroso (muito sofrido para quem tem filhos), mas é tratado com delicadeza e não "agride" o espectador como era de se esperar, pela situação tão sensível abordada. Francamente, fiquei com muita raiva do protagonista na maior parte do filme, por ter sido tão egoísta, entre outras coisas, mas ao mesmo tempo me deu também muita pena que, por sua tremenda ignorância e mediocridade, tivesse perdido tanto tempo ao lado do filho e, possivelmente, da esposa também.

    Enfim, recomendo o filme especialmente pela forma como foi tratado o tema. Vale a pena!

    Até a próxima, galera!

    Mel (milla)

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  4. Oi, Mel,

    É 1982 quando o Pedrinho nasce, e esse time ganhador da Copa do Mundo de futebol contra o qual o Brasil perde é a grande Itália de então. Nem parece, né?, visto o desastre que virou! Fazer o quê...? Coitados de nós!

    Concordo com você, o filme vale muito a pena. Ainda que o título esteja enfocado na criança, aprofundando na analise da narração, na minha opinião fica claro que o verdadeiro protagonista é o pai. Aliás, a história se desenvolve num processo de negação, luta e, finalmente, aceitação de uma realidade que ele não se esperava viver, como o personagem fala. É a luta de um homem consigo mesmo ao longo de doze anos numa turbulência de sentimentos contraditórios que o levam a perder o rumo da sua existência, arrastando consigo a da sua mulher e privando a criatura da sua atenção e do seu cuidado. A reviravolta está em um acontecimento: a possível perda do menino. Aí então, o amor do Roberto pelo filho vira maior de qualquer egoismo e o homem se reconcilia consigo mesmo e com a vida. Os sábios falam que não nos é dado o que a gente quer, senão o que precisamos para crescermos. Por alguma coisa será que eles sabem tanto, né?

    O filho eterno. O pai se encontrado. Porque um filho é para sempre, é. Mas um pai também.

    Raffaella Bortolotto

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  5. O outro filme do Novocine deste ano ao qual gostei de assistir é "Pequeno segredo". Falando no título, na minha opinião fica incompleto assim, pois acho que o longa-metragem merecia um mais consistente, mais próprio da história de espessura que relata.





    E é que está baseado na vivência real narrada num livro autobiográfico escrito por Heloísa Schurmann ("Pequeno segredo: A lição de vida de Kat para a família Schurmann") e conta a história de uma menina cuja mãe contrai o virus HIV por causa de uma transfusão de sangue após um acidente de trânsito antes de ela nascer, no Brasil do princípio dos anos noventa do século passado. Aí, a criança e o pai dela também ficam contagiados. Quando os pais morrem, um casal de conhecidos adota essa criatura lindíssima e fazem o quanto eles podem para ela ter uma vida feliz.





    Comparando as duas histórias ("O filho eterno" e "Pequeno segredo"), para mim e em mim fica claro que, ainda que inicialmente elas narrem percursos divergentes (na primeira o rechaço pelo filho biológico, na segunda a acolhida amorosa da filha adotada), na verdade substancialmente convergem: fazem na positividade, no otimismo, na esperança, na nobreza intrínseca do ser humano, em como o amor, finalmente ou já desde o princípio, é a essência maior, a força que ganha. O resto são buracos no percurso.





    O filme valeu. Talvez o livro ainda mais.





    Raffaella Bortolotto





    (Obrigada, querida professora Milla)

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